Custos fixos em redes de negócios: você conhece os que corroem a sua margem?
Os custos fixos em redes de negócios são uma inflamação silenciosa que, se ignorada, pode causar danos irreversíveis à saúde financeira da empresa. Isso porque, nem tudo que pesa na margem aparece no preço unitário da compra. Logo, a gestão financeira precisa ser cirúrgica.
Empresários e gestores costumam focar na negociação de preço, porém ignoram elementos essenciais como frete, armazenagem, prazos, ruptura de estoque e devoluções, que juntos formam o que chamamos de Custo Total de Propriedade (TCO). Inclusive, sse custo “invisível” é capaz de estourar margens e comprometer a competitividade do negócio.
Neste material, vamos dissecar esse problema, mostrando como identificar os sintomas da inflamação nos custos fixos, quais os principais vilões e como uma gestão inteligente pode evitar a hemorragia financeira dentro da sua rede.
O que são custos fixos em redes de negócios?
Custos fixos são aqueles que não variam diretamente com o volume de vendas, mas impactam diretamente na operação. Em redes de negócios, esses custos podem ser ainda mais complexos de identificar, porque se diluem entre diferentes unidades, lojas ou filiais.
Nas redes e centrais, entre os principais custos fixos que geram impacto estão:
– Frete e logística: transporte, armazenamento, manuseio e distribuição;
– Custos de armazenagem: aluguel de depósitos, controle de estoque, perdas e deterioração;
– Custo do capital: dinheiro imobilizado em estoque e prazos de pagamento longos;
– Ruptura e devoluções: vendas perdidas, custos operacionais adicionais e imagem prejudicada;
– Despesas administrativas: custos de equipe, sistemas e processos relacionados à compra.
Segundo a consultoria Gartner, empresas que não gerenciam efetivamente seus custos fixos acabam com margens 15% menores em média, o que pode ser o diferencial entre lucro e prejuízo.
Por que focar apenas no preço unitário é um erro fatal?
A maioria dos compradores ainda comete o erro clássico: negociar obsessivamente o preço unitário, esquecendo-se do impacto dos custos fixos ao redor. Mas a ilusão de uma boa negociação pode custar caro.
Por exemplo, reduzir R$0,05 no preço da unidade pode parecer vantagem, mas se o custo do frete for elevado por não consolidar compras, ou o estoque ficar parado muito tempo, o ganho se anula ou até gera prejuízo.
De acordo com o relatório “The Total Cost of Ownership in Procurement”, publicado pela CIPS (Chartered Institute of Procurement & Supply), empresas que adotam uma visão ampla do TCO conseguem reduzir seus custos totais em até 20% e melhorar a eficiência operacional – ainda neste material falaremos com mais detalhes sobre o TCO.
Os sintomas da inflamação nos custos fixos em redes de negócios que você precisa reconhecer
Aqui estão os principais sinais de que sua rede está com os custos fixos inflacionados:
– Margens de lucro estagnadas ou em queda mesmo com aumento no faturamento;
– Estoques elevados, estoque parado ou rupturas constantes;
– Altos custos logísticos e operacionais que não são monitorados;
– Prazo de pagamento longo que imobiliza capital de giro;
– Falta de padronização e controle na gestão dos processos de compra.
Inclusive, segundo pesquisas da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), 40% das redes supermercadistas ainda enfrentam dificuldades para controlar e planejar custos fixos como frete e armazenagem, impactando diretamente nas margens.
Casos práticos que mostram o impacto da inflamação nos custos fixos
Varejo supermercadista: como a gestão inteligente de custos fixos salva margem
Estudo do Sebrae mostrou que um grande grupo supermercadista do Sudeste adotou um sistema de gestão integrado focado no monitoramento dos custos fixos, especialmente frete e armazenagem. Resultado? Em 12 meses, conseguiram reduzir os custos logísticos em 15%, melhorando em 10% a margem operacional da rede. O segredo foi o controle detalhado e a consolidação de cargas para reduzir o frete.
Construção civil: eficiência e redução de rupturas com centralização das compras
No setor da construção, a Coopercon-CE, cooperativa que atende pequenos e médios empresários da construção civil, implantou um sistema de compras centralizadas e monitoramento de custos fixos. Isso trouxe uma economia média de 18% em custos logísticos e redução significativa nas rupturas de materiais, um problema comum que gera atrasos e custos extras.
Tenho mais coisas pra te contar, mas antes da uma olhada no que o nosso especialista tem a dizer:
Como o Custo Total de Propriedade (TCO) muda a dinâmica da operação em redes de negócios
E finalmente, o TCO! Uma ferramenta que traz o diagnóstico completo para o gestor que quer controlar os custos fixos de verdade. É a soma dos custos diretos e indiretos relacionados à aquisição de produtos e serviços.
Ao aplicar o conceito de TCO, redes e centrais de compras conseguem:
– Negociar fretes e armazenagem junto com fornecedores para reduzir custos totais;
– Avaliar o impacto dos prazos de pagamento no fluxo de caixa;
– Controlar rupturas e evitar perdas de venda;
– Ajustar volumes e ciclos de compra para evitar capital parado;
– Monitorar devoluções e custos de logística reversa.
Esse olhar 360° permite decisões mais estratégicas que garantem lucro real, não apenas um preço atrativo.
Inclusive, estudos da McKinsey mostram que redes que adotaram essa visão integrada de custos conseguiram melhorar suas margens em até 18% em dois anos.
O papel da tecnologia na prevenção da inflamação dos custos fixos
Plataformas inteligentes de gestão de compras e logística são como exames de imagem avançados na medicina: permitem um diagnóstico preciso do problema.
Entre os benefícios estão:
– Consolidação e monitoramento dos custos fixos em tempo real;
– Alertas para desvios em frete, armazenagem e prazos;
– Simulações para comparar fornecedores e condições;
– Painéis analíticos para acompanhamento de margens por categoria.
Aliás, empresas que utilizam essas ferramentas têm uma visão clara da cadeia de suprimentos, podendo agir rápido para corrigir inflamações e otimizar recursos.
E nosso especialista complementa:
Passo a passo para tratar a inflamação nos custos fixos da sua rede
- Mapeie todos os custos fixos: inclua frete, armazenagem, prazos, rupturas e devoluções.
- Implemente compras conjuntas: isso ajuda a ganhar escala e negociar melhores condições logísticas.
- Use tecnologia para monitoramento: adote uma plataforma que consolida informações e gera alertas.
- Crie processos claros de governança: envolva todos os parceiros na rede para decisões estratégicas.
- Avalie periodicamente: mantenha reuniões para análise dos custos e ajustes na operação.
Com isso, constatamos que uma rede saudável depende do controle dos custos fixos
Ignorar os custos fixos é como deixar uma inflamação avançar sem tratamento: pode levar a um colapso, neste caso, o financeiro. Mas com diagnóstico, tratamento correto e uso inteligente de ferramentas, sua rede pode garantir margens saudáveis e competitividade sustentável.
Quer começar a tratar essa inflamação antes que se espalhe? Agende uma conversa com nosso especialista e descubra como reduzir custos fixos e proteger suas margens.
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