Diagnóstico inicial: você conhece mesmo o fornecedor da sua rede de negócios?
Em redes e centrais de negócios, o relacionamento com o fornecedore é vital. Mas, como em uma cirurgia, confiar sem conhecer o histórico pode ser fatal. Será que você daria entrada em uma operação sem saber informações relevantes sobre o médico? Provavelmente não. Então por que tantas redes ainda firmam parcerias com fornecedores desconhecidos, apenas pelo preço?
Este episódio da série Anatomia das Compras mergulha na análise profunda sobre como redes e grupos de negócios podem (e devem) conhecer a fundo o seu fornecedor, indo muito além do valor na nota.
O risco de operar no escuro sem dar luz ao passado do fornecedor
Fechar acordos comerciais sem avaliar indicadores como:
– Histórico de entrega;
– Estabilidade financeira;
– Comportamento regional;
– Médias de preço.
Pode comprometer toda a rentabilidade do grupo. Além disso, pode causar um colapso na confiança entre unidades da rede.
Segundo um levantamento da Deloitte, 65% das organizações enfrentam perdas financeiras devido a falhas de fornecimento não monitoradas com antecedência.
Em outras palavras: sem um prontuário completo do fornecedor, você pode estar fazendo sua operação virar uma bomba-relógio.
O que deve constar no prontuário de um bom fornecedor da central de compras?
Assim como o prontuário médico revela sinais vitais, histórico de doenças e tratamentos anteriores, o prontuário de um fornecedor deve apresentar:
– Histórico de preços: como se comportam os valores ao longo dos meses e sazonalidades?
– Frequência de entrega: ele costuma atrasar? Entrega conforme combinado?
– Desempenho regional: em quais localidades ele opera melhor? Tem estrutura para atender todas as lojas da rede?
– Situação financeira: há risco de inadimplência ou interrupção de fornecimento?
– Capacidade de escala: ele acompanha o crescimento da sua rede?
➜ Veja também: porque vale a pena? Conheça os benefícios do fornecedor na central de compras
A realidade da gestão logística no varejo
No setor varejista, a falta de análise do comportamento dos fornecedores ainda é um problema estrutural.
De acordo com o Sebrae, 41% das pequenas e médias empresas não possuem um critério padronizado para avaliação e seleção de fornecedores.
O resultado? Compras reativas, rupturas de estoque, divergências entre unidades da rede e muito retrabalho.
Estudo de caso real: colaboração que gerou R$ 1 bi em compras conjuntas
Em 2024, o marketplace Juntos Somos Mais, fruto da parceria entre Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, atingiu 1 bilhão de reais em compras B2B no setor de materiais de construção em apenas um mês. Esse é um exemplo emblemático do poder da compra conjunta com fornecedores de qualidade.
– Foram 31 mil lojas ativas num único mês, de um total de 47 mil no período de janeiro a maio de 2024 .
– A plataforma permitiu que lojistas obtivessem condições de compra idênticas às vendas diretas da indústria .
– Ao padronizarem preço, frete e prazos para todos os participantes do grupo, foi possível ampliar o poder de barganha e reduzir as variações típicas entre unidades.
Esse modelo reforça como um prontuário do fornecedor – com histórico de preços, prazos, frequência e comportamento regional – é essencial para garantir transparência, segurança e eficiência em redes e centrais de negócios, especialmente no varejo de materiais de construção.
Por que uma plataforma de gestão é o estetoscópio do comprador?
Uma plataforma de compras bem estruturada não apenas coleta dados, mas transforma em diagnóstico. Ela mostra o que não está no papel:
– O aumento recorrente nos preços sem justificativa;
– A queda de eficiência logística em determinadas regiões;
– A falta de alinhamento com o volume médio da rede;
Esse tipo de análise permite criar “listas de prescrição” com fornecedores de alta performance e orientar o grupo a uma decisão coletiva mais inteligente.
O efeito placebo: o fornecedor barato que custa caro
Preço baixo pode ser só um sintoma de algo maior: baixa qualidade, atrasos, ruptura de estoque, prejuízos.
Estudo da McKinsey mostra que empresas que adotaram métricas de performance para fornecedores reduziram em 12% seus custos totais com compras em 12 meses.
Ou seja, o verdadeiro ganho não está em pagar menos, mas em ter previsibilidade, controle e parceria duradoura.
Ou seja, se você não avalia, você está vulnerável
Para redes e grupos de negócio, onde cada erro se multiplica em dezenas de unidades, avaliar o fornecedor é uma obrigação estratégica.
E isso vai muito além da análise de preço. Exige estrutura, cultura colaborativa e ferramentas inteligentes. Assista o vídeo a seguir e saiba por onde começar:
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